domingo, 24 de fevereiro de 2008

Abre-se o vento

Abre-se o vento
Na manhã repentina,
E na distancia fixa e louca
Fica um olhar vítreo.
Rompe-se perene a penumbra
Em muitas golfadas de cor.
Aqui perto acalma-se o silêncio,
Ali agitam-se os odores.
E no pensamento morre longinquo e aos poucos
O cheiro húmido da terra.
Dançam no ar as curvas dos pássaros.
Saltitam na melancolia palavras cantadas
Com sabor a morno,
E lentamente escorre a luz austral
Salpicando o dia …


Fernando Jóia

Sem comentários: