quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Chuva Azul














Eu quero entornar
A poesia por aí.
Sorver o vício,
Em golfadas monstruosas.
Zarpar ao sabor
Dos muitos sentimentos,
E agarrar o momento,
No ar.
Eu quero embebedar
O pensamento no torvelinho
Das imagens,
Morder a dor em cada sobressalto.
Esventrar o agora
Que se cola na cara
E se mistura com a chuva azul.
Eu só quero o nunca.

Só eu quero o nunca.


Fernando Jóia

Sem comentários: